quinta-feira, 20 de maio de 2010

Entrevista feita pela aluna do 1º semestre de Educação Física, da Unijorge, a uma professora formada em Educação Física a 1 ano e que trabalha com Natação há 12 anos.

Nome: Shirley dos Santos
Local de atuação: Posto de saúde de Engomadeira

1 - QUAL A SUA OPINIÃO EM RELAÇÃO AO AVANÇO TECNOLOGICO JUNTAMENTE COM A NATAÇÃO?
Em toda a sua história, ouve avanços que vinheram para a melhoria na natação.

2 - AO DECORRER DO TEMPO, VOCÊ ACHA QUE A PERFORMACE DOS ATLETAS TEM MELHORADO COM ESSA TECNOLOGIA? E DE QUE FORMA?
Sim. O maior exemplo disso é o desenvolvimento fisico dos atletas.

3 - VOCÊ ACHA IMPORTANTE QUE ESSES ATLETAS TENHAM UMA RELAÇÃO ENTEIRAMENTE LIGADA A TECNOLOGIA?
Sim. É muito importante ate mesmo no acompanhamento evolutivo, tanto no treinamento quanto no sue dia a dia.

4 - QUAIS OS BENEFICIOS QUE A NATAÇÃO FAZ PARA A SAÚDE DE UMA PESSOA?
Muitos. Controle de asma, por exemplo...

5 - QUAL A IMPORTANCIA QUE VOCÊ DÁ AO ESPORTE EM GERAL PARA A VIDA DE UMA PESSOA?
É muito importante a pratica de esporte. Ele pode trazer muitos beneficios tanto pra a mente quanto para o corpo.

6 - POR QUE VOCÊ ESCOLHEU TRABALHAR COM A NATAÇÃO?
Na verdade comecei a trabalhar com natação, pois tive asma quando pequena e me foi recomendado fazer natação dai eu me apaixonei pelo esporte e dei continuidade ensinando pessoas de todas as idades.

7 - QUAL A IMPORTANCIA DA NATAÇÃO PARA PESSOAS DE DEFICINCIA? SE VOCÊ JÁ
TRABALHOU COM ELAS DÊ UM RESUMIDO DEPOIMENTO?
Acho muito importante sim, apesar de ainda não ter trabalhando com esse público, mais para os deficientes que eu chamo de especiais, trabalhar na água tira o peso ajudando assim, no meu ver, na mobilidade independente da deficiencia sem nenhum atrito.

8 - QUAL A ORIENTAÇÃO QUE VOCÊ PASSA PARA UM PESSOA QUE É INICIALMENTE NA MODALIDADE?
Antes de mais nada, que procure ver e conhecer o esporte e o professor.

9 - QUAL A DIFERENÇA ENTRE NADAR EM MAR ABERTO E NADAR EM PISCINA?
A diferença entre eles é que no mar existe a correnteza e na piscina não, por tanto nadar no mar exigi um pouco mais de força.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Natação - Benefícios e Cuidados

Como já foi referido, a natação tem muitos benefícios, não só a nível muscular, como em muitos outros aspectos.

Veja-se o que declarou, numa entrevista, Scott Petrequim, um homem de sessenta anos, que ia todos os dias, às 6h00 da manhã, fazer natação. Não parece muito agradável, pois não? No entanto, ele diz que dar umas quantas braçadas, logo de manhã, lhe dão mais energia, uma sensação de bem-estar e lhe aclaram as ideias para planear as suas tarefas.

E porquê?

Por imensas razões. Uma delas é a diminuição das dores, pois dentro de água o corpo torna-se mais leve (facto explicado pela teoria de Arquimedes sobre a pressão sofrida de baixo para cima). As vértebras descontraem-se, a coluna vertebral e as articulações funcionam mais suavemente e ganham amplitude. Os músculos de postura utilizados para nos mantermos em pé são menos solicitados, o que permite exercitar melhor os outros músculos, descontraindo ao mesmo tempo a região lombar.

Esta leveza e descontracção também são uma protecção contra as lesões musculares e baixam a média cardíaca.

Outra das razões é que, quando estamos dentro de água, a pressão hidrostática dá origem a uma activação da circulação sanguínea. Assim, obtemos uma oxigenação muscular melhor. E um músculo bem irrigado tem um rendimento potencial superior.

Um estudo feito a adultos de meia idade confirma isto. Eram pessoas inactivas em termos de exercício físico e, depois de 12 semanas de treino intenso de natação, tinham o coração a bombear mais sangue a cada batimento, sem elevar a tensão arterial, e a sua absorção de oxigénio aumentara 20%.

A natação também influencia beneficamente a respiração, já que os movimentos executados dentro de água tonificam o diafragma, o músculo essencial da respiração, permitindo uma melhor ventilação pulmonar.

Ao nível dos movimentos executados dentro de água, ainda existem mais dois fenómenos importantes:

· O fenómeno de resistência hidrodinâmica – opõe-se à deslocação e é função da velocidade da deslocação e da superfície deslocada, o que permite graduar os esforços ao executar os movimentos mais ou menos rápidos. É aqui que servem aqueles acessórios que muitas vezes se encontram nas piscina (pranchas, palmas, tubos, flutuadores), pois aumentam a superfície deslocada.

· O fenómeno de auto massagem – a agitação da água à volta do corpo massaja as partes que estiverem imergidas. Quanto mais rápidos forem os movimentos, mais profunda e potente é a massagem.

Mas ainda existem mais aspectos a ter em conta.

Um deles é que a pressão da água tem um efeito de auto - travagem, isto é, evita que o praticante ultrapasse os seus limites, diminuindo assim o risco de ruptura ou de distensão muscular.

Outro é que a sensação de leveza, de descontracção e de liberdade que sentimos dentro de água é um poderoso anti-stress.

Para finalizar, dentro de água o corpo torna-se mais leve, o que permite fazer exercícios atléticos com uma enorme facilidade.

São estas as principais razões que fazem da natação um desporto excepcional.


Mas em todas as belas, há um senão. De facto, a natação não é só um mar de rosas. É preciso que se tenha alguns cuidados.

Primeiro que tudo, tem de se ter em mente que, embora ao praticá-la se exercitem muitos músculos, esta actividade não é a melhor para perder peso, porque nadar poderá estimular o apetite e acabar-se-á por ganhar uns quilos extra.

Embora a natação seja boa contra as lesões, pode existir uma que se verifica entre alguns nadadores: o ombro de nadador. Este problema é causado por um excesso de rotações do ombro (um nadador esforçado pode fazer cerca de 10 000 rotações por semana), principalmente ao nadar crawl, pois muitos respiram sempre do mesmo lado, e ao fazerem isso, estão a obrigar o outro braço a executar um arco maior para atingir a água. Logo, é aconselhável respirar alternadamente de um lado e do outro.

Podem também existir fungos ou bactérias que afectam o ouvido. Essa infecção é provocada por uma imersão prolongada na água, que desfaz a cera protectora do canal auditivo. Os sintomas são geralmente dores nos ouvidos, embora também se possam sentir comichões, perda de audição ou supuração do ouvido. Se se tiver esta infecção, é indispensável uma ida ao médico. O problema pode, contudo, ser evitado, inclinando a cabeça para um dos lados e dando saltos para fazer com que a água saia, depois de praticar natação. Também se pode limpar os ouvidos com cotonetes e álcool, ou usar um preparado de álcool e glicerina. Mas se se considerarem todos estes processos muito trabalhosos, a melhor solução é prevenir-se com tampões para os ouvidos. Os de silicone são oficialmente os melhores, mas há quem diga que os de algodão cobertos com vaselina são mais eficientes, confortáveis e fáceis de usar.

Os desinfectantes usados nas piscinas podem também provocar alergias nas vias respiratórias. Nesses casos há que usar uma mola no nariz, para evitar a entrada de água para as fossas nasais.

Outro cuidado a ter é com a temperatura da água. Se esta estiver muito fria fará com que os nadadores percam muito calor e, como consequência, poderá provocar tensão no sistema cardiovascular. Por outro lado, uma água muito quente inibe a perda de calor do corpo e provoca igualmente tensão no sistema.

Muitas piscinas são mantidas de 26,5º a 28,5º C, o que exige que se façam movimentos rápidos para se conservar a temperatura do corpo. A maior parte das pessoas nada confortavelmente de 27,5º a 30º C. As temperaturas superiores (de 33,5º a 36,5º C), normalmente utilizadas em piscinas terapêuticas destinam-se apenas a movimentos limitados, sendo demasiado elevadas para uma natação rigorosa.

Também se deve ter em conta que as águas das piscinas e oceanos podem ser nocivas para o cabelo, pele e olhos.

Por isso se deve sempre usar óculos, de preferência uns que se ajustem devidamente ao rosto, mas sendo alérgico aos rebordos de borracha, existem outras versões ao dispor. É um erro usar lentes de contacto sem óculos, sejam elas duras ou moles, quando se nada. As duras podem ser levadas pela água, as moles podem ficar contaminadas, e a água da piscina ou de um lago pode extrair-lhes a humidade, fazendo com que se colem aos olhos.

O cobre da água das piscinas pode interferir na cor dos cabelos, tornando-os verdes e o melhor remédio é prevenir, usando toucas. Mas se o mal já está feito, existem champôs especiais.

Para a pele, os agentes agressivos são o cloro das piscinas e o sal do mar, pelo que, depois de nadar, se deve tomar um duche e aplicar um hidratante sobre a pele.

Fonte: http://members.fortunecity.com/rui_nuno_carvalho/natacao.html


A primeira é CAPACIDADE DE PERCEPÇÃO. Não apenas perceber a técnica exata dos movimentos executados e suas inúmeras variações (isso qualquer profissional da nossa área necessita desenvolver), mas também as nuances de comportamento pessoal e de reações emocionais que via de regra acompanham o gesto esportivo e que, no caso dos deficientes, tem uma importância capital em seu desempenho.

O profissional para trabalhar com deficientes deve ser um observador compulsivo e detalhista, para não deixar escapar nada que possa ser trabalhado em aula e transformado em melhoria técnica ou física. Esta capacidade perceptiva é até certo ponto treinável, mas quem a possuir já de forma inata terá amplas vantagens sobre alguém menos observador. Talvez aqui esteja boa parte da explicação de por que há tantas mulheres atuando neste setor: todas as pesquisas das neurociências indicam que as mulheres são bem mais observadoras que nós homens.

A segunda característica é BOM CONHECIMENTO DA MODALIDADE EM SI. Pode parecer óbvio, mas não é. Muitas pessoas imaginam que por tratar-se de pessoas com deficiência, e conseqüentemente incapazes de executar movimentos tecnicamente sofisticados, o trabalho com estes grupos especiais dispensa um conhecimento mais bem acabado dos esportes. Enganam-se. Para adaptar uma modalidade às dificuldades de quem quer que seja, é necessário conhecer profundamente a biomecânica, a técnica, a tática e todos os aspectos do esporte onde iremos atuar.

Só quem conhece sabe adaptar com eficácia, pois adaptar pressupõe flexibilizar determinantes técnicos na exata dimensão das limitações de quem recebe as nossas orientações. Conhecimentos esportivos muito rarefeitos não permitirão que isso ocorra de maneira ideal.

A terceira característica é BOM CONHECIMENTO DAS DEFICIÊNCIAS COM AS QUAIS TRABALHAMOS, e mais especificamente, de como essas deficiências limitam ora a capacidade de compreensão das instruções (que é o início de toda conquista motora), ora a execução prática delas. Cada deficiência é sempre diferente das outras e cada uma delas tem graus e características muito próprias. Apenas um sólido conhecimento destes detalhes permitirá ao profissional contornar as muitas dificuldades que surgirão ao longo do processo ensino-aprendizagem.

Será preciso comunicar-se adequadamente (muitas deficiências físicas implicam em algum rebaixamento cognitivo), possibilitar a conquista da habilidade motora em si (todo o feedback proprioceptivo – tátil, sinestésico, visual - do deficiente pode estar comprometido) e viabilizar a sua fixação, através de repetições qualitativamente adequadas.

Fonte: http://www.educacaofisica.com.br/blogs/dentrodagua/texto.asp?id=227

Natação Adaptada


A natação é uma das modalidades esportivas com mais tradição dentro do campo do esporte para pessoas portadoras de deficiências, e que foi introduzida como esporte de competição após a segunda guerra mundial.

Atualmente é uma modalidade com mais participação e, destacam os recordes mundiais que obtiveram os nadadores cegos, por que não estão distantes dos recordes absolutos nas provas dos atletas normais.

Para adaptar a competição aos nadadores com incapacidade, cada uma das quatro federações internacionais (CP-ISRA, ISOD, IBSA, ISMWSF). elaboraram seus próprios regulamentos que incorpora normas específicas para os diferentes tipos de deficiência.

No caso dos portadores dos deficientes físicos as diferenças mais significativas básicas são na adaptação das normativas de correção de estilos e nas saídas e viradas em função das deficiências. de acordo com a deficiência é permitido sair do bloco ou do interior da piscina.

Nas provas dos deficientes visuais é permitido avisá-los da proximidade da virada ou da saída do bloco, mas não verbalmente. Os competidores B1 são obrigados a usar óculos opacos para competir. Caso a prova na mesma raia sempre que a mesma esteja livre. Em caso contrário, o técnico pode indicar verbalmente que troque de raia.

Tempos atrás natação para portadores de deficiência desenrolava-se em duas competições paralelas, a dos deficientes visuais (B1, B2, B3) e para os deficientes físicos, utilizando-se o símbolo S1 a S10 para as provas de estilo livre, costas e golfinho e SB1 a SB10 para estilo de peito. Atualmente os portadores de deficiência visual competem nas classes B11, B12, B13 e os deficientes mentais se agrupam na classe B14, facilitando assim a identificação do tipo de deficiência.

Distribuídos de acordo com o grau de deficiência, os deficientes visuais ficam assim classificados:

B11 - Ausência da percepção de luz nos dois olhos.
B12 - Capacidade de reconhecer a forma de uma mão.
B13 - Campo visual reduzido, mas com bastante visão.

Os portadores de deficiência física participam nos seguintes grupos:

S1 - Afetação muito grave de tronco e nas quatro extremidades.
S2 - Afetação grave de tronco e nas quatro extremidades.
S3 - Afetação de tronco e extremidades superiores e afetação grave de extremidades inferiores.
S4 - Afetação de tronco e afetação grave de duas ou mais extremidades.
S5 - Afetação de tronco e duas ou mais extremidades.
S6 - Afetação leve de tronco e afetação de duas ou mais extremidades.
S7 - Afetação grave de duas extremidades.
S8 - Afetação de duas extremidades, afetação grave de uma extremidade ou afetação grave de diversas articulações.
S9 - Afetação de uma extremidade ou diversas articulações.
S10 - Afetação leve de uma ou duas extremidades ou comprometimento leve de uma ou diversas articulações.

Fonte: http://www.educacaofisica.com.br/glossario_mostrar.asp?id=338

Como funciona a tecnologia dos maiôs de natação?



Se as provas olímpicas femininas de natação ainda fossem baseadas nos costumes de 1890, as mulheres competiriam com collants inteiriços, shorts e vestidos curtos. Em 1907, porém, a estrela de cinema e atleta, Annette Kellerman, apareceu em uma praia usando uma “peça única” e mudando radicalmente a história dos maiôs. Talvez, sem ela, as mulheres ainda poderiam estar afundando como pedras na água. No mínimo, não estariam quebrando tantos recordes como ocorre atualmente. Na época, Kellerman chegou até mesmo a ser presa em função dos problemas que causou.

Por volta de 1970, porém, os nadadores passaram a acreditar que, reduzindo-se o material dos maiôs eles nadariam mais rápido. Foi a época em que apareceram as sungas masculinas. Já atualmente os maiôs estão novamente voltando às peças inteiras que cobrem praticamente todo o corpo – e mostram-se mais eficazes do que o próprio corpo do atleta.
Nos dias de hoje, os nadadores não ganham mais uma prova com uma piscina de vantagem e sim com apenas centésimos de segundos. Nos Jogos Olímpicos de Pequim, por exemplo, Michael Phelps ganhou de Milorad Cavid nos 100 m borboleta com uma diferença de apenas 0.01 segundo.

Os fabricantes estão mudando os materiais e formas, assim como estão trabalhando mais perto de cientistas que conhecem a dinâmica dos fluidos, a fim de tentar suprir essa preciosidade que é um “centésimo de segundo” na natação. As roupas agora são confeccionadas com muita tecnologia e moldadas em computadores. Mas no fim das contas, é difícil dizer o que faz realmente a diferença: a roupa, a pele, o treinamento ou a chance.
Quando a água trabalha contra você

Se você já tentou atravessar uma piscina e se viu extremamente ofegante, sabe o quanto é difícil nadar rápido. O que torna isso tão difícil? “A água com suas forças invisíveis o forçam para baixo”, diz Stephen Wilkinson, engenheiro de fluido mecânico da NASA. Essa quantidade enorme de fluidos que o empurram contra o próprio movimento é coletivamente chamada de resistência.

A força que o empurra de volta é chamada de pressão de resistência. Quanto mais você empurra pra frente, mais a água te empurra para trás. Se você não é nadador, pode já ter sentido esse tipo de resistência ao colocar o braço para fora da janela do carro, com a palma da mão voltada para o vento. O vento empurra sua mão para trás.

Ainda maior será a resistência se você nadar na superfície, ao contrário de nadar bem embaixo da água. Na superfície você desloca mais água que, por sua vez, acaba formando ondas na sua frente. “A todo momento você tentará estar a frente da onda, mas em função de problemas físicos, não conseguirá – não é possível ser mais rápido do que a onda”, diz Wilkinson. A parede de água criada, chamada de “resistência da onda”, adiciona pressão empurrando você de volta. Quanto menos você flutuar, maior será a parede, e pior será o tamanho da resistência da onda.

Uma fraca, porém, misteriosa força é a resistência de fricção sobre a pele. Quando você nada, gotas de água “grudam” no seu corpo e movem-se com você. Essa remanescência de água presa a você, deixa-o mais lento. Ainda pior é o redemoinho que isso tudo cria ao lado de seu corpo. Esses redemoinhos o deixam ainda mais lento. A resistência aumenta com a quantidade de superfície que está em contato com a água e com a quantidade de gotas d´água presa em você.

Se a superfície for do tipo “encrespada” (como o mar), um tipo de resistência que Wilkinson chama de resistência encapelada o deixa ainda mais lento. É difícil passar os dedos sobre um tapete com pelos altos e é difícil o vento passar entre árvores. Da mesma maneira, é difícil para a água passar pelos pelos de seu corpo. A água se agarra em você e diminui a velocidade de suas braçadas.

Parece uma batalha perdida. Quanto mais rápido você nada, maior é o aumento da resistência. Como fazem então, os rápidos nadadores?

Atalhos para tempos mais baixos
Você pode diminuir a pressão controlando a maneira como apresenta a si mesmo na água, diz o engenheiro da NASA, Wilkinson. É a sua superfície vertical (perpendicular à sua nadada) que empurra a água. Se você mergulhar, por exemplo, mantenha o seu corpo em uma linha horizontal assim como quando nada, e não permita que suas pernas afundem – dessa maneira você reduzirá bastante a resistência. A água o empurrará somente na cabeça, ombros, pontas dos dedos e pés.

Você pode cortar um pouco da resistência da onda com um mergulho. “Você já deve ter reparado que quando os nadadores saltam de um bloco, eles passam boa parte do tempo embaixo da água”, diz Wilkinson. “Embaixo da água eles enfrentam muito menos resistência, porque não existem ondas como na superfície. Então eles tentam ir o mais longe possível embaixo da água, até que, em função do fôlego, precisam subir”. Uma vez que você subiu, quanto mais alto você flutuar na água, menos ondas serão formadas em torno de você. “Naturalmente, nadadores talentosos flutuam com mais facilidade”, diz Jeremy Kipp, assistente técnico de natação da University of Southern California.

Além disso, depile-se. Ao eliminar os pelos do corpo a água deslizará mais fácil por você, sem tanta resistência (a não ser que você seja o Mark Spitz – o nadador ganhou sete medalhas de ouro olímpicas com bigode e tudo).
É claro, estar em forma também é fundamental. Músculos abdominais fortes o ajudarão a manter-se flutuando reto sobre a água, diz Kipp. Com um tronco forte, você pode ter menos preocupações com a resistência, que será compensada com nadadas mais velozes.

Mas se a sua técnica e seu corpo estão em forma, e mesmo assim você ainda quer nadar mais rápido, talvez seja o caso de considerar um maiô mais apropriado.
A era do maiô rápido

O conceito de “roupa rápida” nos leva a questionar algumas hipóteses. Primeiramente, assume-se que tal maiô pode não somente vestir o nadador sem acrescentar a resistência da roupa, como também é capaz de diminuir a resistência encontrada na água. Em segundo lugar, assume-se que essa tecnologia aplicada à roupa do nadador reduz a resistência permitindo que o mesmo nade mais rápido, sem que precise para isso de mais energia ou oxigênio.

A Federação Internacional de Natação (FINA) aprovou o primeiro maiô inteiro (full-body suit) para redução de resistência no ano 2000, durante as provas classificatórias para as Olimpíadas [fonte: Longman]. Os nadadores usaram vários modelos desse tipo de maiô nos Jogos Olimpícos de 2000 e 2004, culminando com o LZR Racer da Speedo, em 2008. De acordo com a Speedo, esse é o maiô mais rápido existente no mercado.

O maiô, fruto de muita pesquisa, é feito com diversos materiais de alta tecnologia. As costuras são soldadas com ultrassom. Além disso, a roupa repele a água e seu formato anatômico cria uma espécie de apoio para manter o nadador em melhor posição dentro da água, sem perder a liberdade e flexibilidade de seus movimentos, diz Jason Rance, um dos designers que ajudou a pesquisar e criar o maiô. Soldar as costuras reduz em cerca de 6% a resistência, ao compararmos com o ato de costurá-las, diz Rance.

E não foi apenas com o material que a Speedo se preocupou, mas também com o nadador. Nadadores não são construídos como “torpedos”, mas apesar de fortes, possuem corpos de “humanos”. Suas curvas e músculos criam resistência, o que é ainda pior do que a fricção da roupa. A Speedo procurou tirar essa resistência criada pelo próprio corpo do nadador ao bolar um maiô extremamente colado ao corpo, diz Rance.

A Speedo testou ainda a oxigenação dos nadadores, particularmente para saber se uma roupa tão colada não faria tanta compressão ao ponto de não permitir ao nadador respirar efetivamente, diz Rance. A empresa chegou ao resultado de que os nadadores conseguem sim respirar naturalmente dentro do maiô.

Flutuando, porém, não artificialmente
O LZR Racer também utiliza o que a Speedo costuma chamar de “estabilizador central” – espécie de cinta onde o material é duplicado. Os nadadores usam seus próprios músculos para encontrar a postura na água que faça com que flutuem da melhor maneira possível, diz o técnico Kipp. “O estabilizador o ajudará a encontrar o balanço mais fácil”, diz ele. O estabilizador também mantém o músculo abdominal do nadador sempre contraído em provas de longa distância – mesmo após aqueles 2 ou 3 minutos em que o músculo se esgota.

Pele de tubarão está fora: Apesar do Fastskin e do Fastskin FS-II da Speedo terem sido feitos a partir de pele de tubarão, o LZR Racer não foi. Os maiôs antigos, como os feitos com determinas peles de tubarão, eram confeccionados com minúsculas rugas que aumentavam a camada exterior dos mesmos [fonte: Wilkinson]. A Speedo constatou que quanto mais lisos fossem os maiôs, maior seria a redução da resistência, disse Rance.

Apesar de grande e cobrir boa parte do corpo do nadador, o LZR Racer é bastante leve – pesa cerca de 100 g por metro quadrado (quatro vezes menos do que os materiais até então utilizados em maiôs) [fonte: Rance]. O material utilizado (elastano – spandex) também é feito a partir de uma substância que repele a água e não a retém de forma alguma, deixando-o ainda mais leve. Rance enfatiza ainda que o maiô não aumenta o poder de flutuação do nadador, mas também não o deixa afundar.

Durante a realização de uma série de testes, nadadores participaram de provas “simuladas” com e sem o LZR Racer. “Eles nadaram 4% mais rápidos e gastaram 5% menos oxigênico com o LZR Racer”, disse Rance. Presume-se então que eles não nadaram mais rápido porque estavam mais treinados e sim porque o LZR Racer realmente reduz a resistência.
Será que os maiôs fazem mesmo a grande diferença?

Algo estranho aconteceu com os recordes da natação em 2008. Joel Stager, professor de cinesiologia da Indiana University, em Bloomington, apresentou as estatísticas de um estudo realizado baseado em todos os recordes mundiais desde 1970. O número de recordes quebrados bem com os tempos dos recordes cresceu em uma curva normal, dentro do esperado.

Em 2008, porém, a curva aumentou fora do padrão. Mais de 40 recordes foram quebrados em 2008, o dobro da média dos últimos 30 anos. O homem mais rápido na prova de 100 m nado livre nos Jogos Olímpicos de Pequim, nadou em média, cerca de quatro vezes mais veloz do que era esperado.

Os nadadores quebraram muito mais recordes entre fevereiro e março de 2008 do que durante esses mesmos meses nos últimos 30 anos. Vale dizer que a Speedo introduziu o LZR Racer no mercado em fevereiro de 2008.

“Os técnicos estão melhores. Há mais vídeos para feedback. Porém, o maiô é o que realmente mudou de lá para cá”, disse Kipp.

Já Jason Rance, da Speedo, cita ainda melhoramentos nos métodos de treinamento, como treinar em condições adversas de altitude, maior número de centros especializados dedicados ao treinamento e nadadores que passam o dia inteiro treinando. “É uma combinação de fatores, no qual o LZR Racer é um deles”, diz Rance.

Stager apresentou um estudo de caso feito no Japão. Em abril de 2008, durante as provas classificatórias para as Olimpíadas, os nadadores não usaram o LZR Racer. Dois meses depois, no Aberto do Japão, os nadadores competiram na mesma piscina, porém usando o LZR Racer. Os nadadores foram significativamente mais rápidos no Aberto do Japão, apesar de imaginarmos que os tempos das classificatórias para o Mundial deveriam ser melhores.

Os dados mostram, porém, não conseguem provar, que o LZR Racer deixa o nadador mais rápido. Além disso, os dados são baseados em nadadores que já eram rápidos antes mesmo da entrada dessa tecnologia.

“O LZR Racer é a cobertura de bolo para atletas que já estão no topo. Ele não transformará eu ou você em um grande atleta”, disse Rance. “Nós sempre dizemos às crianças, e mais ainda, aos seus pais, para que foquem no treinamento e no que diz o técnico. Se você não souber o básico da técnica e não souber como treinar, não será o maiô que irá ajudá-lo”.

Fonte: http://www.educacaofisica.com.br/noticias_mostrar.asp?id=6460

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Natação na terceira idade

Algumas academias de ginástica oferecem atividades físicas para o grupo específico dos idosos, adequando os exercícios e o tratamento individualizado exigido, especialmente para esta faixa etária. As pessoas da terceira idade têm algumas dificuldades físicas, mas têm também seus hábitos e seus assuntos em comum, afirma Adriana Cristina Ramos, professora de Educação Física. O profissional tem que saber os limites dessas pessoas e adequar as aulas às capacidades físicas do grupo e também a linguagem e o tratamento que eles requerem. Segundo Adriana, para incentivar essas pessoas a participarem das atividades, ela lança mão de muito afeto, carinho, atividades lúdicas e festas.

As atividades mais recomendadas por médicos para essa faixa etária são os exercícios na água: a hidroginástica e a natação. A hidroginástica é o exercício ideal para as pessoas que possuem problemas ósseos, como osteoporose e artrose, porque na água são reduzidos os efeitos da gravidade sobre as estruturas ósseas e articulares, diminuindo os desgastes e o impacto, o que pode ocasionar fraturas. Outros exercícios com carga, como a musculação, também são procurados como prevenção às doenças, além de fortalecer a musculatura e reduzir a perda de massa óssea, analisa Vera Toledo de Camargo, profissional de Educação Física e doutora em Comunicação Social e especializada em Jornalismo Esportivo.

Durante o processo do envelhecimento temos alterações fisiológicas e em nossas capacidades físicas:

- Redução da força.
- Redução do volume muscular.
- Aumento do tecido não contrátil (gordura e tecido conectivo) no músculo.
- Redução na área de secção transversa do músculo esquelético, tem início aos 25 anos e se torna mais pronunciada a partir da 5 década de vida.
- As fibras tipo II, com o envelhecimento, reduzem em tamanho enquanto que as fibras do tipo I permanecem praticamente inalteradas.
- A redução da área de secção transversa do músculo também se dá às custas da redução do número de fibras ao longo do processo de envelhecimento.
- O envelhecimento parece provocar redução no número tanto de fibras do tipo I como do tipo II.
- Com o envelhecimento ocorre também uma redução no número de unidades motoras. Esse fenômeno parece ser resultante da perda de neurônios motores alfa da medula espinhal com subseqüente degeneração de seus neurônios em contra partida as unidades motoras remanescentes aumentam de tamanho.
- Capacidade reduzida no idoso em gerar força em alta velocidade (potência).
- Vários estudos têm relacionado a redução da força muscular a uma maior suscetibilidade a quedas, fraturas e dependência do idoso.
- Parte da redução da capacidade aeróbia (50%) no idoso tem sido atribuída a sua perda de massa muscular.


Como se exercitar?

Para a elaboração de um programa de atividade física e prescrição de exercícios para a terceira idade é necessário a observação de alguns parâmetros prévios:

Geralmente relacionados:
Ao aumento da autonomia e sensação de bem-estar
Melhora do condicionamento cardiovascular
Aumento da força muscular
Manutenção ou desenvolvimento da flexibilidade, coordenação e equilíbrio
Incentivo ao contato social e o prazer pela vida
Controle de peso e nutricional
Promoção do relaxamento
Diminuição da ansiedade, insônia e depressão
Manutenção do libido e do vigor sexual


Quanto a limitações no quadro de saúde - sempre é necessário observar a existência de patologias associadas (diabetes,obesidade, hipertensão arterial...) pois é comum o idoso apresentar mais de uma patologia, bem como os efeitos da medicação em uso com atividade física e sempre que possível o intercâmbio de informações na evolução do programa de atividade física com o médico responsável.

Quanto aos objetivos - na elaboração do programa sempre que possível tente buscar uma visão holística do idoso com a melhoria da capacidade física, e ao mesmo tempo maximizar o contato social e redução dos problemas psicológicos e estímulos a suas funções cognitivas.

Atividades Sugeridas - aeróbias de baixo impacto, como caminhada, natação, hidroginástica, dança, trabalhos resistidos como a ginástica localizada, musculação e trabalhos com alongamento buscando a manutenção da flexibilidade bem como a mobilidade e se possível em grupos.

Observar as limitações funcionais ao Treinamento Físico:

- Redução da capacidade cardio - respiratória.
- Redução da habilidade de desempenhar exercícios em intensidades moderas e intensas.
- Diminuição da capacidade de adaptação e de recuperação de estímulos exógenos.
- Redução da adaptabilidade ao treinamento físico.
- Fraqueza muscular e aumento da sensação de fadiga.
- Problemas degenerativos de ossos, tendões e articulações.
- Maior suscetibilidade à dor muscular e lesões.
- Diminuição do equilíbrio e coordenação neuromuscular.
- Diminuição da visão e da audição.


Resumo

O ser humano nasce, cresce, reproduz e envelhece passando por todas as fases da vida. A velhice é apenas mais uma etapa da vida que nós seres humanos temos que nos prover para que possamos vivê-la da melhor forma. O meio aquático é responsável por proporcionar grandes benefícios para a população idosa, pois é capaz de contribuir na melhoria da saúde física e mental desta população. Atividades lúdicas têm sido bastante utilizadas nas aulas de natação para o público de todas as idades. Com objetivo de verificar na visão dos alunos a importância do ensino lúdico na natação para terceira idade foram aplicados questionários a um total de 15 alunos que fizeram parte da amostra. Ficou evidenciado na visão destes, o ensino lúdico na natação contribui no auxílio da aprendizagem e tornam as aulas mais agradáveis. Uma velhice tranqüila é o que os seres humanos precisam para viver melhor. Portanto, os benefícios necessários para que se chegue à terceira idade com uma boa saúde provem da prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável. Sendo assim, recomenda-se a prática da natação devido a facilidade que o ambiente aquático proporciona e os benefícios do mesmo para o público pesquisado.

Unitermos: Natação. Terceira idade. Lúdico

Sites de pesquisa :

http://tudosobrenatacao.blogspot.com/2007/11/natao-na-terceira-idade.html

http://www.ramfit.com.br/blog/wp-content/uploads/2008/05/natacao-idoso.jpg

http://www.efdeportes.com/efd142/a-visao-dos-alunos-da-terceira-idade.htm